3 livros sabios

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sábado, 7 de maio de 2011

Re: Diálogo: discentes, docentes e mudanças.


Maldito tom reconciliador! ficou bem bobo! mas foi o que enviei, fazer o quê!

Mensagem que eu enviei ao CABI.

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Agora que a discussão perpetua-se de fato, e ao menos duas frentes são
facilmente observáveis, tecerei alguns comentários para estes colegas que se
dignam em me ler! Obrigado.
Informando a todos, a dialética de questões apontadas até aqui, originadas pelo
tópico, não são apenas e somente "querência" de uma Renovação, mas
fundamentalmente os desdobramentos de uma altercação online proposta pelo
Leonardo, que presenciou uma discussão (ou mesmo rusga) entre os alunos do
segundo ano noturno em uma aula de "Biblioteca Informação e Sociedade" que
falavam sobre "O que esperavam da Biblioteconomia" e de seu Curso na ECA.
O grupo de alunos, que pensava em modificar algo, alguém, ou alguma coisa,
percebo, prescinde do que aqui neste grupo acontece! E é sobre eles (e
conseqüentemente eu, que lá estava) que de alguma forma falo.
A negatividade e a ausência de resultados já foi abalizada indistintas vezes
por (senão) todos ou quase todos os veteranos! E é o caminho assentado desde o
primeiro momento para qualquer ementa de mudança/renovação no departamento. A
mudança de atitudes esperada por quem assim as exige que fique claro, não passa
pelo consenso dos 400 e tantos inscritos do CABI, não importa-nos o consenso,
mas o dialogo e a construção de uma atitude que nos privilegie enquanto grupo!
E este dialogo, (percebi) todo mundo o tem (feito, projetado, fraco, novo,
inovador...) só não temos a capacidade de fazer política com isso, o que chega a
ser ridículo, quando nossos axiomas são tão claros e evidentes. Não conseguir
chegar a um ponto comum partindo de nossas experiências de CBD depois de tanto
tempo chega a ser cômico! Da dificuldade de cada um sabe somente quem as vive,
isto é fato, e é fato também que tornar isto empecilho ao coletivo é
boçalidade/estupidez!
Se o que se tem a dizer não pode ser feito como deveria, já que existe uma
série de impedimentos (colocadas pelo próprio aluno e do qual só ele pode se
desvencilhar) que o mesmo demonstre o alarde sem interferir tão brutalmente o
processo! Assim acredito, pura opnião.
Claro que o que se pretende (aqui no CBD) não deve e nem pode ser feito nas
coxas, mas o que tenho presenciado desde que entrei no CBD são alunos que não
acreditam em sua própria força política, alguns militantes isolados, apáticos e
um mínimo de gente disposta a dialogar e agir! Queremos o que? Nos engalfinhar
para que a mudança (se vier) venha trajada tal e qual a queremos? (se cada um a
quiser de um jeito diferente a mesma virá em retalhos) Ou que a mudança ( se
vier) caso não nos agrade a todos, ou a maioria democrática seja novamente
posta contra a parede e remodelada tal e qual no projeto de mudança que a
originou?
Para a produção de um produto, disto que esta acontecendo agora, é necessário a
ação de alguns e o escopo da maioria (que fará a diferença para o Mais e não
para o Menos), e no entanto, o que esta acontecendo não nos tem levado e nem nos
levará a resolução efetiva de nada!
O fórum de discussões ou seminário sobre as mudanças para o CBD, já haviam sido
propostas ao RD muito antes disto aqui, mas eram um sussurro de um grupo pequeno
de pessoas, canalizado e restrito. Agora, já se pode ver, tornou-se algo
respeitável e já tem o interesse dos que o representarão e pelo qual serão
representados: os alunos. Isto a meu ver já é um bom começo. (que não deve
morrer na praia!?)
Acho incrível saber que alguns já fizeram, outros tentaram, muitos se calaram e
a grande maioria desanimou! Em projetos semelhantes. Não precisamos de gente
nova não, temos Bixos todos os anos! (que são diferentes entre si, e que
reinventam a roda da discussão todo ano, pq não tem substrato dos veteranos para
isso) Precisamos é de pessoas que promovam a dialogia dos fatos e dos problemas
(estes já conhecidos) que enfrentam em sua graduação, (nossa graduação) à todo
momento, dentro de suas possibilidades, o que não se pode, é ficar calado
enquanto se é soterrado nesta graduação.
Sugestões foram feitas, apontamentos foram dados, trollagens foram improvisadas
e do todo, algo embrionário vem despontando. Mobilizemos-nos REALMENTE, para que
algo de útil nasça.
Bem colegas, é um tanto positivista e um bocado agregador, mas é assim que
começo a fazer parte dessa discussão online.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Sobre homens e livros...

Este texto pertence a Marcia Martins, atualmente (para nossa sorte! e talvez azar dela.) aluna do curso de Biblioteconomia e Documentação da Escola de Comunicações Artes da USP.

E foi com certeza, a melhor resposta que já recebi para um email que enviei! Segue o texto tal e qual me foi enviado.

Sobre homens e livros...


    Lembro-me quando estudava teatro e naturalmente apreciávamos mais as aulas de práticas corporais, onde o professor nos deixava jogar amarelinha, pega-pega e fazer “ameba” (a deliciosa ameba sempre merecerá um capítulo a parte) ou invés da disciplina História do Teatro, em que após muita retórica, muita teoria a professora um dia sem mais nem porque sentenciou que deveríamos ter uma biblioteca de mil volumes para nos tornarmos pessoas intelectual interessantes. A idéia me soava tão absurda a época, menos pelo fato de morar em uma moradia estudantil com um espaço exíguo de duas prateleiras na escrivaninha, mas pelo fato de que não me parecia razoável ler mil livros nem tendo uma longa vida. Acho que no fundo tinha convivido demais com pessoas que ostentavam bibliotecas de lindos volumes, edificantes, de capa dura e moldura refinada, mas que pouco havia lido-os todos ou mesmo traçado um diálogo com os autores premiados com uma leitura mais reflexiva (é preciso diálogo com livros assim como com as samambaias e orquídeas para que cresçam felizes). Então ser intelectual é ter mil livros? Não necessariamente lê-los, mas possuí-los como cabe e serve bem a sociedade de consumo capitalista. O importante é ter e, acompanhando este raciocínio, passamos a possuir coisas e não ideias.

    Depois é claro, precisamos acomodar todas essas almas na estante de preferência bem visível como gostamos cada vez mais de expor marcas, logos e grifes, tudo organizado, classificado, catalogado, limpo, esterilizado... estéril.
Ideal mesmo seria arrumar mais espaço dentro de si pra novas idéias, isso: “menos livros, mais ideias”, mais diálogo, mais espaço pra almofadas e futtons pelo chão para receber amigos, mais voz e menos leitura silenciosa. Quando Spielberg ganhou o seu primeiro e tão esperado Oscar fez um discurso de agradecimento em que se culpava de ter lido pouco, melhor por pertencer a uma geração que leu pouco, que se formou por imagens prontas, alegava ter visto muito mais filmes que livros durante toda a vida e que seria necessário ler mais, muito mais. Hoje não sei se concordo tanto quanto na época com ele ao ver que algumas cenas de E.T., A cor púrpura e A.I. levaram-me a emoções que poucos livros conseguiram despertar.
    Não pude deixar de me atear a inquietante dúvida da autora sobre onde acomodar seus Llosas no V ou no L, talvez ela pudesse consultar nosso respeitável representante docente de catalogação que fez uma “esclarecedora” explanação sobre a catalogação de Machado de Assis ou seria melhor dizer Assis, Machado de ... pobre Joaquim Maria.




“Os livros na estante já não tem mais tanta importância, do muito que eu li do pouco que eu sei, nada me resta...” (Herbert Vianna)
Marcia Henrique

domingo, 1 de maio de 2011

Escrever, ora direis...

De meu todo, compartilho! Escrever não me apraz....

Situação estarrecedora, invulgar, principio das questões de permanência, Disponibilizar-se, Disponibilizar-me...

Fragmentar em representações -nem um pouco insípidas- o medrar da Existência/Inexistência, essência, Sua falta! Travestir-se em formulas, inovações, abluções, Etcétera PALAVRAS. Escrever não me apraz, é demorado, forçoso, Moroso, Bufante! Leitura possível de mim mesmo, representando-me, representando. Sem entender, ou retroalimentar - Leituras possíveis, impassíveis- Quem sabe? Riscada no tempo, Aparente como é! Discursiva como este estar.

Linearizando o multifocal, meu estranho Mundo plural que sinto, ou que acho!?

Falar é diferente, incoerente, perdido no tempo, sem espaço, acronico? atópico? Condição dos fatores de sua constituição? Comunicação.... Interferir, modificar, trazer também pelo código a quintessência daquela voz interior que me habita e que chamo PENSAMENTO, Percebo! Nunca entendido, Dialogo! Repassando....

Sempre o senti tão natural, o meu falar, este falar que é voz, que é som, que é todo palavra não escrita e que não esta... por ai, por ali, correndo num pedacinho de papel, em uma seqüência de Bytes, num outro suporte qualquer! Equivocando os outros de uma certeza Hermeneutica que pouco me apraz, perfazendo o frutificar duma coisa nova, outra que não sou eu!( que o me eu Cínico nega)  Para o qual não estou presente e pro qual não posso constranger! Cadê meu espaço Proxêmico, donde acredito no isomorfismo?  Perdido. Para nunca mais ser Visto. Perdido que estou em PALAVRAS.