3 livros sabios

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quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Nomen rosae

    Depois de fingir saber, por em cheque a avaliação dos outros, assistir meias cenas da adaptação cinematográfica e fazer uma resenha pra faculdade (valendo nota) eu venho  a tona dizer que NÃO! infelizmente e não por falta de tempo ou outra resposta conveniente! Eu não li o Nome da Rosa. (Comecei agora no recesso e pretendo terminar antes de fevereiro).

    E só muito recentemente eu assisti o filme inteiro. O que de forma alguma me impediu de dar uma de Pierre Bayard (autor do livro "Como falar dos livros que não lemos") e sair arrogantemente discordando dos outros.

    SIM, Trollagem é a palavra,  mas eu costumo fazer essas coisas, é involuntário! Costumo culpar o fato de que quase tudo que eu estudo me leva a construir Representações e Informações Documentarias de qualquer coisa, como se minha estada no mundo tivesse de se circunscrever no pequeno Roll daqueles que tentam tornar  as características comuns e incomuns das "coisas" uma grande Arte, como se minhas verdades se formassem de criteriosa observação disto aí (Mas é só uma tentativa de auto-engano).

    Já nem me lembro há quanto tempo com alguma eloquência discurso sobre aquilo que desconheço, como se de fato soubesse para além das lhufas sobre aquilo que digo! Como se de fato soubesse para além dos dados esparsos conectados a esmo sempre a meu favor. Foi assim na Escola, é um pouco menos, mais ainda é assim na Universidade (Não é todo professor que se pode engrogolar! Alguns te enredam em sua própria teia) O pior, é que raras exceções ninguém se opõe ao que digo, por maior que seja o impropério! Até que eu próprio me oponha ao que vinha dizendo( fazendo com que eu digo seja novamente aceito), sinto que até desenvolvi uma certa Argúcia para a questão, não me contradizendo e fluindo cada vez mais dentro do meu emaranhado ( O sempre Bom "Como vencer um Debate sem ter razão: em 38 estratagemas" do Schopenhauer me ajudou bastante! Tenho que terminar de ler).

(Sei que este  vangloriar-se é indigno para nossa moral! Mas vou tentar resolver essa questão no próximo Post)


    Já cheguei à ultima de discutir defendendo um "conceito" numa teoria, sem me perceber que de fato eu era contrario ao que dizia! Tinha errado a nomeclatura! Defendia um grupo de ideias, por debaixo da manta que nomeia as ideias diametralmente opostas, ao perceber pensei em recuar! Mas o outro não havia percebido que defendíamos as mesmas coisas com nomes diferentes, eu usando o nome errado!  Sem arredar o pé, mantive-me contrario a mim mesmo, E passei lentamente advogar pelas ideias contrarias, mudando aos poucos de lado. Um advogado do diabo por circunstancia. Gostei tanto de me ver sôfrego, brotando artimanhas e usando argumentos que não eram meus para defender aquilo que eu discordava, que passei inconscientemente a fazer isso.


   Este tipo de situação ocorre-me sempre! Defender o que discordo, Defender algo com o "nome" errado, do meio do nada passar  a defender o que o outro diz. Tantas oposições nos forçando ao embate frontal , pro "perder" ou "ganhar", que besteira essa do "perder" ou "ganhar" no fim sempre acho que devia ter concordado ironicamente com o outro mais algumas vezes, ter lhe dito "assim é se lhe parece", ou concordado afirmativamente e levado seu discurso as alturas, desconsolando-o de um embate"violento" porque no fim eu mesmo me dizia isso enquanto orbitava num mundo de ideias para respostas.


   Pronto Divaguei demais, próximo Post eu escrevo um pouco mais.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Fluindo-se

Numa espécie de linha de reprodução, formatada no  leia, leia,  copie e escreva! donde ainda não encontrei capacidade para me constituir palavra escrita, tentei alguns microcontos. Muito ruins por sinal!

Produzidos numa tacada, são ruins como o momento em que os produzi! tentei lebrar-me de Marina Colasanti, Eduardo Galeano e ítalo Calvino, grandes mestres do desencontro na produção dos sentidos, mas no máximo consegui me engabelar. Como um bom Pós-Moderno, vou culpar a razão, defender Arte e dizer que tudo isso é sintoma da pulverização e liquefação pela qual tem passado o mundo. 

Alguns contos (Ou quase...) seguem abaixo.

Fluido-se

Quando levantou encharcado de sangue, já sabia o que fazer.
Iria Fluir lentamente pela cama abaixo, transpondo a quina, dobrando em direção à porta.
Que sempre esteve fechada.
Este mundo não era mais seu.

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No instante oportuno, chutou pelas costas a vergonha.
 - Este almoço de pícaros, de mais leve conserva a pultridão dos intestinos.

Mas seu grito ricocheteou nos talheres finos, e nas célebres taças, que continuaram a sorver e amamentar de sórdidos valores, à família.

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A hóstia

Seca hóstia corrompe a umidade em minha boca. Neste desterrar de vaidades, envaidecidos somos pela cerimonia. 
Beatas que somos, o desvelar do véu e o re-velar são para platéia inóqua, todos os santos nestas paredes: nús, ensanguentados.
O dedo percorrendo levemente o carmin dos lábios inchados.
A consumação da Hóstia é um ato Sacro.

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As crianças.

Treinaram os animais, não sem antes também serem treinados.
A observação reificante destes, só podia ser depreensão daquela situação.
 Da qual era audazes vítimas. 
E os dias iam se passando.

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PS: Juro que não sei porque o fundo ta branco! tentei corrigir  varias vezes e não consegui.