3 livros sabios

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segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Oscar Niemeyer; un architecte engagé dans le siècle

Não que dessa forma eu suprima à fome do mundo! ou da falta de conhecimento, os resolva o problema de 1,3 milhões de Paulistas que votaram no Tiririca, mas é que quando eu fiz esse texto foi difícil pra CARACA achar qualquer coisa na rede que me ajudasse! DAI, resolvi disponibiliza-lo tal e qual o compus, se trata de um ensaio sobre um filme (olha só que louco) franco-belga que o professor comprou online made in JAPAN! doido néah, o os professores da ECA/USP adoram fazer esse tipo de coisa, o Seicman -LATTES- por exemplo resolveu passar esse semestre enfiando a Flauta Magica (Na foto a direita, a rainha da noite! sabe aquela da Ária super esguelada o video , claro tentei piorar tudo linkando o vídeo original e com legendas em espanhol! hauahaaha) em Sueco em nossas mentes jovens e deslocadas #fazmerir (ou descoladas dependendo do aluno) "CARAMBOLA DE CINCO PONTAS", por um mês! quanto coisa em sueco! quanta Opera, quantos QUANTO, a história da Flauta Magica é bem legal, MAS PELO AMOR DE DEUS ninguém merece assistir 5 Horas de ópera em sueco!

por fim! o texto que originou essa postagem!

Introdução a Museologia. Professor DR° Martin Grossman

Felipe Salles Silva N°USP 7164117.

Relatório e Argumentação sobre o documentário “Oscar Niemeyer; un architecte engagé dans le siècle”

"Arquitetura nasce na cabeça, na imaginação. Depois vem a reflexão de como fazer” Oscar Niemeyer.

No princípio, a gradação é indefinida, a costa, o mar, a montanha, o museu. Levitando sobre o Cristo e sobre o Rio lança-se em um loop, o grande O.V.N.I. Surge para assombrar com sua leveza e simplicidade: Da natureza à arquitetura de Niemeyer, há apenas um passo. Diz o mestre Niemeyer “Não é o ângulo reto que me atrai, nem a linha reta, dura, inflexível, criada pelo homem. O que me atrai é a curva livre e sensual, a curva que encontro nas montanhas do meu país, no curso sinuoso dos seus rios, nas ondas do mar, no corpo da mulher preferida. De curvas é feito todo o universo, o universo curvo de Einstein. " nos próximos 110 minutos é o que perceberemos. Tudo parece fluir naturalmente das mãos do mestre, os planos de imagem nos remetem a construções magníficas, esboços se tornam grandes lajes curvas, domos imensos, arquitetura fantástica, arquitetura anti-realista, o documentário não tece qualquer consideração sobre a crítica feita à arquitetura a lá Niemeyer, imagética, escultural e majestática, erigida sobre painéis de concreto impregnados das infiltrações ideológicas tão comuns as criações dos grandes mestres, pelo contrario, atire a primeira pedra aquele que for maior! Ou melhor, vasculhem o mundo procurando alguém que tenha sido maior. Do ponto humano e do ponto do deslumbramento parte o documento visual.

Niemeyer relata sua incrível jornada como arquiteto desde os anos 40 no Brasil através de seu exílio na Europa, até a atualidade, quando continua a resmungar os seus sonhos de construtor. O diretor Marc-Henri Wajnberg enlaça com experiência extraordinária a íntima relação entre Oscar Niemeyer, sua arte e a natureza. É notável a seqüência em que a câmera parece acariciar a curva da rampa que dá acesso ao Museu de Arte Contemporânea de Niterói, esse edifício que desabrocha a beleza de seu entorno. O documento procede.

Um edifício emerge. Uma paisagem em plena floração surge, é Brasília que rebenta no cerrado brasileiro, nosso maior idílio coletivo, 50 anos em 5, foi o que vimos, alçado o primeiro vôo do plano piloto, o seu tempo de construção não ultrapassa dez anos, esta cidade ainda “futurista”, representa uma alternativa poética ao modernismo que ganhava espaço no cenário internacional, linhas e ângulos que passariam a ser imitados pela arquitetura moderna da Europa dos saudosos anos 60 e 70.( Niemeyer, inspirado por Le Corbusier e pela paisagem de sua terra, desenvolveu um estilo escultural, fluido, uma força expressionista única. Em concreto armado, ele criou e cria estruturas que, grifam a beleza harmônica das montanhas, baías, praias, parques... Por sua vez o relato de Wajnberg sobre Niemeyer descreve imagens espasmódicas e visões peculiares, nos insere no âmago da obra, expondo uma miscelânea excitante que é a combinação de estruturas e as formas do vazio, as imensas veredas criadas pela arquitetura do senhor Brasília). Brasília, a capital modernista para o país "do futuro", irrompe como poderosa rebentação de aço e concreto no coração do Planalto Central, dos desejos de grandeza de uma “nova” nação. Brasília nasceu da convergência de dois projetos, o dos arquitetos modernistas, que queriam construir uma cidade "radiante" posta como a égide de um mundo melhor, determinista e inclusivo, e o do presidente Bossa-nova Juscelino Kubitschek, que sonhava com um novo Brasil e uma nova capital que explicitasse as aspirações de toda a nação, a riqueza e a igualdade, desse benéfico sincretismo, germina a capital do nosso pais.

Sobre esse acontecimento histórico o mestre Niemeyer relata, sopesando memórias e fatos, o deserto, os trabalhadores do acampamento, os pilares instalados pela primeira vez, as estruturas de concreto se entronizado no meio do ermo... Poucos meses depois, a nova capital do Brasil nasceu. Niemeyer fala sobre sua visão de uma capital moderna, e as condições impostas para que no caso de Brasília esse sonho louco toma-se forma.

Um olhar voyeurista move-se sobre cenários deslumbrantes durante todo o trajeto proposto pelo documentário, a poética “Niememeyeriana” se estende a todas as partes do mundo, mas aqui ela enseja sua totalidade, foi para estas terras e destas terras que surgiu o traço curvo criador de Oscar.

Ao termino, os que ainda possuírem fôlego para protesto perguntarão por que Brasília, inaugurada em abril de 1960, exuberantemente, “humanista”, apaixonante, nunca alcançou as metas de seus criadores, irradiando a modernidade para todo o Brasil, perguntando-se o que aconteceu com as cidades satélites do Distrito Federal que hoje são habitadas por pessoas vindas de todas as partes do país, que nunca puderam provar dos sonhos de crescimento gerados pelas grandes cúpulas e pelos leves palácios de Brasília? Os radicais, sempre os radicais, a favor ou contra o homem é sempre falível na medida em que progride para um ou outro lado, bem como sua arquitetura, anseios e volições; Que dizer do que fizemos de nós mesmos? Que dizer dos homens que construíram Brasília 50 anos atrás? Que dizer daqueles que nunca entenderam e que nunca deram continuidade a pedra fundamental da modernidade enterrada no árido Centro-Oeste do país?

Marc-Henri Wajnberg compôs um retrato único e cativante de um dos maiores arquitetos do século XX. A câmera, muitas vezes felina, às vezes doce, amorosamente disseca Oscar Niemeyer, um homem que nunca entrou em silencio e que emoldura toda uma era. O maior ícone da arquitetura moderna no Brasil recebe nesse documentário Belgo-Nipônico produzido em 2003 todo o crédito merecido por suas absurdas estruturas que nos cerceiam com as lufadas de um tempo distante que não morreu.

espero ter ajudado! E TENHO DITO!

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