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sábado, 1 de dezembro de 2012

A não exegese das Festas.


Esse Post vai para Giovanna! 




    Não me agravo a essa exegese, nunca fiz parte do festim dos vícios e vaidades, não que não os possua ou me faça por motivos subjetivos e escusos despartcipante, só não me ambiento às festas.

    Inúmeros colegas também não, mas não somos um grupo expressivo, e meus colegas são eleitos sob o peso das minhas paixões, não são um grupo comum.

    Se eu tivesse de fazer uma crítica ao ambiente não me sairia bem, minha experiência é muito pobre nesse sentido, sobretudo, não me dou bem com a vertigem, com a dança, com o vicio exposto, com o excesso, com o calor dos corpos ou com o ruído ensurdecedor...

    Quase uma tia velha já me disseram, houve quem se atreveu a me imaginar bêbado e descontrolado, que será que eu diria? Que será que exporia? Que subjetividades meu corpo estadearia? Que danças espontâneas me tomariam conta?

    Não sei nunca me proporcionei nenhum tipo de transe ou experiência alterada por intermédio de qualquer substancia psicoativa, também nunca ocorreu reagir descontroladamente por conta de reação adversas a qualquer medicamento, no muito após muitos dias mal dormidos e sob o stress de me manter acordado por muito tempo acabo descapacitado para diálogos profícuos.

    Saindo de mim e andejando por outros corpos:

   Esses ritos tem muito hormônio, certo, parcialmente compreensivo, mas também tem muita autodestruição, física e psíquica.  Uma colega percebe na autodestruição “adolescente/jovem” o elemento propositor da reconstrução pelos cacos, erro e consequência gerando fragmentos de experiência e reconstrução. Eu acho estupidez despropositada. Não que deva haver propósito para tudo, mas fazer e deixar acontecer um tudo tão cheio de vazio por tanto tempo?! Não vejo a necessidade de tanta destruição para a construção, mas enfim.

    Descompressão! Eles fazem porque merecem e precisam. Há quem defenda como direito, e eu só penso, quais os deveres do “festivo”, se arruinar e se acabar na noite? Dançar pelado depois das duas? Apaziguar o espirito e esquecer-se de qualquer “mal” que lhe tome a consciência por determinados instante.  É... Meus exemplos atuais de festa extrapolam a noção de festa alheia e talvez hegemônica no imaginário popular. Trata-se de festas Universitárias promovidas por agremiações e Centros Acadêmicos dentro do Campus, com direito a “menores” caídos no chão vomitados, vomitando e alucinando às vezes; pilhas de lixo em ascensão continua; banheiros químicos tumefactos das podridões e indigestão alheia; gente conhecida e respeitável em estado deplorável e catártico além é claro da explosão súbita dos presentes ante a qualquer musica um tanto mais simplificada e ritmada.

    Sabe que não nego, talvez! E só talvez (no âmbito das coisas futuras, mas ainda sem potencia) um dia eu participe de uma, e mesmo sem beber (quanto a isto não dou o pé a torcer) exprima a subjetividade latente nessas minhas nodoas velhas e carcomidas pelos maus hábitos físicos, e exprima a devassidão permitida só sob o refúgio dos que se unem por isso. E ai quem saiba com dois dedos a mais de experiência eu seja menos tanta coisa...

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